Cinomose, aprenda a identificar e tratar!
Conheça tudo sobre a cinomose, doença viral e altamente contagiosa que atinge cães
Alvo de muita preocupação entre veterinários, a cinomose é considerada uma das 10 principais doenças que acometem cães. Sua principal característica, além do alto índice de contágio, é que ela comete os filhotes, normalmente com menos de um mês. A cinomose pode trazer danos devastadores, já que os filhotes ainda estão com o sistema imunológico em desenvolvimento. É importante ressaltar também que gatos não podem ser afetados. Aprenda a identificar os sintomas, tratar e prevenir o contágio.
Cinomose canina: o que é?
Esta doença altamente contagiosa, é causada por um vírus da família Paramyxovirus, do gênero Morbilivírus. Estão vulneráveis, sobretudo, os filhotes que não terminaram seu esquema vacinal ou aqueles que não receberam o reforço anual da vacina múltipla (V8, V10 ou V11).
Sintomas da cinomose
Logo no início do contágio, o animal apresenta a diarreia, pois o sistema digestório é atingido. Depois, conforme ocorre o avanço da doença, o sistema respiratório padece. Através do nariz e olhos, observa-se uma secreção amarelada. Com o vírus se replicando pelas células sanguíneas e atingindo o sistema nervoso central, o animal passa a andar desorientado, além de apresentar tremores musculares que podem evoluir para crises convulsivas.
Os sintomas podem variar de animal para animal, porém, fique sempre de olho caso ele apresente algum ou alguns destes: apatia, perda de apetite, diarreia, vômito, febre, secreções oculares (remela em grande quantidade), secreções nasais (pus), convulsões, paralisias, tiques nervosos e falta de coordenação.
Como detectar a cinomose?
A melhor forma de confirmação da doença é o exame de sangue, já que ocorre a diminuição da imunidade do animal devido à replicação do vírus no sistema linfático. O animal elimina o vírus através da urina, fezes e secreções pelo nariz e olhos por até 90 dias após a exposição ao vírus. Neste período é fundamental evitar o contato com outros cães.
Transmissão da cinomose
A transmissão ocorre diante do contato com secreções, urina e fezes de animais doentes. O vírus se espalha facilmente também pela casinha, cobertores e até alimentos. Além dos filhotes, os idosos estão muito propensos à infecção, já que possuem o sistema imunológico menos ativo. Mas fique atento: não é somente através da exposição direta que a contaminação ocorre. Em um passeio por locais públicos, como ruas, parques e praças, seu cão pode ser exposto ao vírus. Outro ponto que requer total atenção são clínicas veterinárias e pet shops. Chão, gaiolas e outras áreas devem estar completamente higienizadas para proteger seu cão ao máximo.
Tratamento para cinomose
Lembramos que, apesar de não haver cura definitiva, é possível tratar e combater a doença, priorizando a qualidade de vida e bem estar do pet. Infelizmente, os medicamentos antivirais são ineficazes. Alguns cães carregam sequelas, mas ainda sim vivem felizes.
A saída é tratar os sintomas que acometem os sistemas. Veja, a seguir, algumas possibilidades:
- Antibiótico e antipirético para infecções secundárias no sistema digestório e respiratório, aliando expectorantes, bronco dilatadores e antieméticos.
- A aplicação de soro corrige a desidratação que a diarreia causa.
- Para as crises de convulsão, medicamentos anticonvulsionantes minimizam o acometimento do sistema nervoso.
- A acupuntura traz ótimos resultados para fortalecer o sistema imunológico do animal.
Quais são as sequelas da cinomose?
Quando o sistema nervoso central é afetado, o cão pode apresentar tremores musculares, andar desordenado e sofrer com crises convulsivas. Veterinários especialistas recomendam sessões de fisioterapia e acupuntura, além do uso de anticonvulsionante.
Ter um cão com cinomose é um ato de amor. Ele exige cuidado redobrado, mas com certeza você terá a recompensa em cada olhar e vibrará com todos os avanços através dos tratamentos. Nunca abandone um pet!
E você, já conviveu com algum cão com cinomose? Comente conosco e compartilhe sua experiência.
Equipe TudoVet