Senecavirus: grave doença viral na produção de suínos

Saiba como se comporta o Senecavirus nos animais e por que gera tanta preocupação

Além do enfrentamento da pandemia do coronavírus, da crise econômica que se instalou e de uma demanda muito grande de exportação para a China, os produtores, sobretudo de suínos, também precisaram se preocupar com o Senecavirus, uma doença viral grave que atinge os porcos.

Dando as caras todos os anos, em 2020, essa doença chegou a interditar mais de 60 granjas de suínos, em Minas Gerais, o que fez todas as entidades envolvidas procurarem medidas securitárias para diminuir o impacto, mas você sabe o que é realmente o Senecavirus?

O que é Senecavirus?

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Conhecido também como Sêneca Valley Vírus (SVV), o “Senecavirus” é uma doença viral que foi descoberta no ano de 2002, como um contaminante de controle de células.

Dessa enfermidade, se origina outra, também conhecida como Senecavirus A, que é vesicular e atinge os suínos. Ele é da mesma família que o SVV, mas é caracterizado por ser pequeno, não envelopado, e contém uma única cadeia de RNA.

Essa enfermidade chegou no Brasil entre o final do ano de 2014 e o começo de 2015, quando foram relatadas lesões vesiculares, principalmente em regiões como o focinho. Com uma análise minuciosa sobre o líquido da vesícula de um suíno adulto, realizado pelo laboratório de virologia animal da universidade de Londrina, detectaram que eles estavam infectados com Senecavirus A.

Mas porque ele se espalhou tanto? Como esse vírus é transmitido?

Embora não haja um consenso sobre o método de transmissão do vírus ou quanto tempo ele sobrevive em um ambiente, acredita-se que ele é transmitido quase igual à doença vesicular suína e a febre aftosa. No entanto, diversas pesquisas apontam para o contato direto com os animais infectados, exposição ao vírus no ar e fômites.

Já o seu método de contaminação pode ser por via da saliva eliminada do animal infectado, sangue, fezes e até urina. Dessa forma, o Senecavirus tem alta resistência ao meio-ambiente, podendo contaminar veículos, objetos utilizados na criação, botas, uniformes, entre outros que, caso não seja controlado, pode atingir o animal sadio, tendo como porta de entrada a mucosa nasal, mucosa da boca e a pele.

Quais são os sinais clínicos da doença?

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Na maternidade, os sinais clínicos da doença podem aparecer tanto na fêmea quanto no leitão. Na porca, há lesões vesiculares nos focinhos e mucosa oral, lesões moderadas no pé, região interdigital e almofada plantar, além da manifestação de letargia, anorexia e claudicação.

Nos leitões, no entanto, apresenta-se diarreia, aumento de mortalidade entre os porquinhos que tem de 0 a 7 dias de vida, e letargia.

Na questão de recria e terminações, os sinais clínicos costumam aparecer com úlceras no focinho, lesões de coxim, cascos, dificuldade de locomoção, espaço interdigital, apatia, letargia e, dependendo da gravidade da lesão, febre.

Mas como é realizado o diagnóstico da doença?

Caso seu animal apresente os sinais clínicos do Senecavirus, é importante procurar a autoridade sanitária ou médico veterinário que te auxilia na assistência técnica. Após, o diagnóstico será realizado em laboratório, por alguns exames.

Equipe TudoVet