Introdução:
O Brasil tem o quarto maior rebanho equino do mundo, com 6 milhões de animais conforme dados estatísticos da FAO e IBGE Censo Agropecuário em 31/12/2009 (CNA, 2010). A vivência entre homem e cavalo vem sofrendo grandes mudanças, coincidentes com o crescimento acentuado da equideocultura nas últimas décadas. Em consequência das mudanças na utilização dos equinos, os estudos técnicos com enfoque no cavalo atleta ganham destaque, visto que hoje é grande a criação desses animais exclusivamente para participação em eventos equestres.
Os prebióticos são componentes alimentares não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro, por estimular a proliferação ou atividade de populações de bactérias desejáveis no cólon, inibindo a multiplicação de patógenos, além de estimular a resposta imune, levando a benefícios adicionais ao organismo (ROBERFROID, 2002). Os dois principais polissacarídeos constituintes da parede celular das leveduras (β-D-glucanos e α-D-manano) têm sido recentemente reconhecidos como prebióticos por serem capazes de promover modulação do sistema imune de diversos organismos vivos, desde insetos a humanos, mediante interações específicas com diferentes células imunocompetentes (GARCIA, 2008). Os mananoligossacarídeos (MOS) são obtidos a partir da parede celular de leveduras (Saccharomyces cerevisae).
Com o rebanho equino em ascensão, é fundamental o investimento em tecnologias para suprir as necessidades do animal de forma sustentável, minimizando efeitos colaterais da utilização destes produtos. As situações diversas nesta área têm atraído interesse dos pesquisadores em realizar estudos que possam promover aos cavalos condições propícias para o máximo desenvolvimento e desempenho, assim os prebióticos surgem como uma estratégia nutricional capaz de promover a seleção da microbiota intestinal para melhorar a saúde do hospedeiro.

Objetivo:
O objetivo desse estudo foi avaliar a influência da adição de prebiótico MOS no incremento da resposta imune de cavalos submetidos a protocolos de treinamento físico intenso.

Material e Métodos:
O estudo foi realizado com cavalos da raça Quarto de Milha residentes no Jockey Clube de Sorocaba e submetidos a treinamento intenso. Foram formados dois grupos de dez animais, onde os animais do grupo teste receberam prebiótico uma vez ao dia adicionado na ração. Os animais do grupo controle receberam apenas a dieta padrão. Os animais foram suplementados por 90 dias.
Sessenta dias após o início da suplementação os animais foram imunizados com proteína de alto peso molecular para investigação da produção de anticorpos específicos após exercício intenso. Foi coletado sangue no dia da imunização, 21, 45 e 60 dias após. Foi realizado ensaio imunoenzimático para comparação na produção de anticorpos pelos animais dos diferentes grupos experimentais.
Resultados:
Foi observado produção de anticorpos antígeno específicos em ambos os grupos analisados, porém de maneira superior nos animais suplementados com o aditivo prebiótico (MOS).
Conclusão:
Conclui-se que a utilização do aditivo pode incrementar a resposta imune após exercício intenso.

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Carolina Fernanda Morais Oliveira
Graduanda do Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Sorocaba, Sorocaba – SP

Ana Carolina R. C. Porto
Professora Doutora do curso de Medicina Veterinária da Universidade de Sorocaba, Sorocaba – SP, CRMV-SP 15669

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