Como prevenir doenças respiratórias em suínos!
Descubra como a prevenção de doenças respiratórias é aliada do produtor para manter a suinocultura em alta
Quando falamos anteriormente que a pleuropneumonia suína e rinite atrófica estão entre as principais patologias do porco, muitos leitores se interessaram em saber mais sobre as doenças respiratórias que acometem os animais, pois elas causam grandes prejuízos na suinocultura.
A gravidade das doenças respiratórias em suínos está ligada aos agentes envolvidos e o ambiente. Neste texto, com a ajuda de especialistas, buscamos esclarecer como prevenir e tratar os principais agentes patogênicos, ambientais, manejo e genética para que você, produtor, se sinta preparado para lidar com essa questão em sua rotina.
Saiba tudo sobre a prevenção
Para prevenir as doenças respiratórias em suínos, é essencial manter a qualidade no manejo, além de total atenção em questões ambientais e variações climáticas. Um animal se desenvolve com excelência quando possui boa ventilação no local, temperatura adequada, higiene, respeito à lotação de suínos e disponibilidade de ração.
Quando isso não é respeitado, a predisposição às doenças surge, principalmente e com mais intensidade, a partir da fase de creche (entre o desmame e os 63 dias, com aproximadamente 24kg).
A maior perda está no prejuízo ao ganho de peso que o animal teria, afetando toda sua cadeia de desenvolvimento. Um suíno que foi acometido por doenças respiratórias, se não houver tratamento adequado, não estará no peso ideal para o abate no tempo considerado ideal.
Durante o outono e inverno, que se caracteriza por um clima seco, o manejo necessita de um cuidado maior. Os agentes bacterianos ou virais é que causam a maioria das doenças respiratórias em suínos.
Como identificar doenças respiratórias em suínos?
Assim como os seres humanos, os porcos tossem e espirram. Quando isso atinge uma frequência considerável, necessita de um monitoramento clínico para identificar se o risco é baixo, médio ou alto, inclusive para evitar o contágio dos animais doentes para os animais sadios.
No caso da pleuropneumonia, por exemplo, os sintomas também incluem falta de apetite, perda da taxa de crescimento, febre alta, apatia intensa, pele avermelhada e dificuldades respiratórias.
Já na rinite atrófica, as bactérias do ambiente que se proliferam em condições de baixa higienização causam também sangramento no focinho e excesso de secreções nasais.
Uma curiosidade em relação aos suínos é que um dos agentes que gera um grande desafio na suinocultura é o vírus influenza, transmitido pelo ser humano. Para isso, deve-se evitar o contato de pessoas gripadas com os animais, bloqueando o contágio.
Tratamento para suínos
A possibilidade de levar o animal à morte é real, por isso as doenças respiratórias em suínos não podem ser ignoradas. Estima-se que 0,5% dos suínos abatidos no Brasil tenham suas carcaças desviadas da linha de abate diante dos riscos que as causas respiratórias apresentam.
Para realizar o tratamento adequado, o primeiro passo é a identificação do agente causador da doença através do diagnóstico de um médico veterinário. Quando surgirem os sintomas iniciais que indicam as doenças respiratórias em suínos, o profissional deve ser chamado para esta análise.
Diante da variedade de agentes que podem causar a infecção no animal, é impossível fazer um diagnóstico somente através de uma análise macroscópica ou determinar por avaliação visual a origem da doença.
Com o maior número de agentes envolvidos quando falamos sobre doenças respiratórias, passou-se a denominar Complexo Respiratório Suíno (CRS), já que a interação de dois ou mais agentes infecciosos, bacterianos e/ou virais, podem causar infecções mistas. A análise do ambiente também é determinante para chegar a um diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes.
Perder animais por morte ou eutanásia, especialmente em grande escala, é frustrante e representa um prejuízo econômico significativo ao produtor. Seguindo um planejamento de vacinação e monitoramento do ambiente, as condenações serão reduzidas.