Como diagnosticar doenças respiratórias em equinos
Descubra como as doenças respiratórias em equinos afetam a performance dos animais em suas atividades de rotina.
Os meses mais secos e de inverno aumentam consideravelmente o surgimento das doenças respiratórias em cavalos, sobretudo naqueles que ficam por longos períodos em baias fechadas. Ninguém quer ter os animais afastados de suas atividades diárias, por isso, esclarecer as principais dúvidas relação aos problemas respiratórios em equinos é tão importante.
Entenda como identificar os principais sintomas e diagnosticar as doenças respiratórias em equinos para evitar que os micro-organismos se proliferem e ataquem as defesas dos animais.
Identificando os primeiros sinais
Um dos principais alertas emitidos pelo cavalo quando não está tudo bem é a respiração muito ofegante após a rotina de atividades físicas, seguido por perda de peso e rendimento menor, além de outras peculiaridades de acordo com a doença específica.
Animais que possuem idade mais avançada ou praticam atividades de forma intensa podem ser ainda mais afetados, sendo uma das maiores causas dos atendimentos veterinários.
Outro ponto a ser observado é o manejo das instalações assim como a predisposição dos animais em contrair doenças desta natureza, já que o quadro pode ser crônico.
Principais doenças respiratórias em equinos
Alergias ou pulmoeira: apesar de ser uma doença crônica, as boas práticas podem amenizar este quadro em equinos. Ela se caracteriza pela alergia à poeira ou fungos e ocorre em baias ou estábulos que não estejam em condições adequadas de higiene. Proporcionar ao cavalo mais horas ao ar livre é uma ótima alternativa.
O animal que possui esta doença apresenta tosse nas atividades de rotina ou mesmo quando está descansando. A respiração acelerada e o corrimento nasal também ajudam a confirmar o diagnóstico.
Gripe: o vírus da gripe pode atingir os equinos e até levá-los à morte, caso evolua para uma pneumonia. Nesta condição, o apetite é prejudicado e ocorre a incidência de corrimento nasal e tosse. Recomenda-se poupar o animal de esforços físicos e mantê-lo separado dos outros equinos, afinal, a doença é contagiosa.
Pneumonia viral: caracterizada por febre, tosse seca, corrimento nasal seroso, perda de apetite e fraqueza, o diagnóstico clínico é feito após vários cavalos do plantel apresentarem estes sintomas. Os testes laboratoriais sorológicos confirmam a presença dos antígenos. A vacinação de todo o plantel reduz a incidência e gravidade da doença. Com a ocorrência de infecção bacteriana secundária, o quadro se agrava.
Pneumonia bacteriana: geralmente é secundária pois está associada a alguma outra doença, como estresse, pneumonias fúngicas, intubações, entre outras. Através da auscultação pulmonar observam-se diferentes ruídos, indicando a movimentação de secreções. Entre os sinais clínicos estão descarga nasal purulenta, febre, tosse, inapetência, taquipneia e/ou dispneia e, eventualmente, odor desagradável à expiração.
O tratamento é feito através de terapia antimicrobiana de amplo espectro. Se houver líquido pleural, uma drenagem deve ser feita. Analgésicos e anti-inflamatórios aliviam a dor e melhoram o quadro geral.
Gurma ou garrotilho: doença altamente contagiosa causada por bactérias que chega a causar abcessos na região do pescoço e mandíbula do animal. Sintomas: febre alta, pus nas narinas, falta de apetite e descoramento.
Doença pulmonar crônica obstrutiva: acomete especialmente os animais idosos e são resultantes do agravamento de infecções virais ou predisposição genética. Esta síndrome alérgica e inflamatória causa mudança brusca de comportamento, falta de apetite, cansaço, febre, mudança no ritmo da respiração, hipertrofia dos músculos e presença de corrimento nasal. Seu diagnóstico e tratamento são imprescindíveis para não deixar o animal suscetível a outras infecções.
Como tratar as doenças respiratórias em equinos
Boa nutrição, atividades físicas sem exagero, ambientes ventilados e higienizados, além das vacinas em dia são práticas constantes para manter a saúde dos equinos.
Veja alguns dos medicamentos que são usados para tratar as doenças respiratórias em equinos. Reforçamos que seu uso deve ser indicado por um médico veterinário, conforme dosagem recomendada pelo fabricante, considerando as condições do animal.
- Propen: antibiótico a base de Penicilina Procaína e Penicilina Potássica. Indicado para o tratamento de infecções produzidas por agentes sensíveis à Penicilina, incluindo Corynebacterium equi (Pneumonia Corinebacteriana dos potros).
- Diclofenaco: indicado como anti-inflamatório, antipirético, analgésico não esteróide e não narcótico, contra dor, febre com ou sem inflamação. Para uso em equinos é recomendado para alívio da dor causada por distúrbios músculo-esqueléticos, inflamações, claudicações, cólicas, febre.
Equipe TudoVet