Saiba o que é e como evitar a Teníase e a Cisticercose!

Doenças com parasitas são comuns em animais que vivem em ambientes não regularizados e preparados para a criação pecuária. Mas até mesmo esses ambientes podem oferecer certos riscos para que ocorra a contaminação.

Entender do assunto e estar preparado para agir é fundamental quando falamos de parasitas, ainda mais quando consideramos o risco de ter uma infestação, o que pode acarretar em grandes prejuízos para o Pecuarista. Ter um acervo de cuidados pode gerar grandes benefícios para um rebanho, e evitar maiores problemas e até a contaminação humana, como é o caso da cisticercose.

Para falarmos da Cisticercose, temos que primeiro entender mais sobre parasitas, mais especificamente, sobre as Taenia saginata e a Taenia Solium ou mais conhecidas como “solitária”.

Esses parasitas atingem espécies de diversos animais vertebrados, incluindo um dos mais consumidos em todo o território mundial, como o porco e o gado. Isso afeta diretamente o risco de desenvolvimento de uma doença chamada Teníase, que é um dos possíveis riscos oferecidos por estes parasitas.

A Teníase é uma doença que oferece um risco médio aos animais e seres-humanos, trata-se da presença em fase adulta da Taenia Saginata ou da Taenia Solium no intestino delgado dos humanos.

O grande risco desta doença, é a elevação de seu estágio á cisticercose, só que para isso existe uma jornada de reprodução e contaminação através da ingestão dos ovos do parasita por animais.

Esses parasitas quando instalados dentro do corpo humano, possuem a capacidade de se reproduzir sem a necessidade de um parceiro, já que são hermafroditas. Cada parasita pode gerar de 30 a 80 mil ovos por proglote (Divisões ou segmentos das Tênias), os proglotes grávidos se desprendem e são eliminados através das fezes.

Prevenção

Aqui vale destacar a necessidade de controle de alimentos e ambientes dos animais, toda a parte de saneamento e higienização regulamentada por lei deve ser rigorosamente seguida, já que a contaminação e desenvolvimento da cisticercose ocorre através da ingestão dos ovos por animais que estão nos proglotes. Ou seja, todos os cuidados com o cumprimento de normas devem ser seguidos, evitando que a contaminação de um ambiente ocorra e forneça risco de um animal ingerir o proglote.

A ingestão do ovo do parasita pode ocorrer através da água ou alimentação contaminada, caso isso ocorra, os parasitas nascem no intestino delgado do animal e entram em forma de larvas (Cisticercos) na corrente sanguínea, atingindo fígados e músculos apresentando-se em formatos de cistos que na linguagem popular chamam-se de “canjiquinha ou pipoquinhas”. Neste estágio a Cisticercose já está fixada no animal.

Prejuízos

O maior prejuízo para os pecuaristas é a perda total da carcaça em caso de infestação, já que o risco de consumo desta carne gerará grandes chances de causar proliferação entre animais e humanos. Caso ocorra o risco de perde boa parte do rebanho é significativa, e os prejuízos podem ser fatais para um pecuarista.

Como evitar

A principal forma de evitar a proliferação é seguir o Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), seguir as normas e expandir o conhecimento das regras para todo o contingente de funcionários da fazenda e frigorífico.

Outra maneira eficiente e obrigatória para não reduzir os riscos de contaminação é a utilização de antiparasitários nos animais de acordo com a tabela de cada raça e com acompanhamento veterinário.

Entre os humanos a dica é nunca comer carnes cruas ou malcozidas, isso é um dos grandes fatores que levam a contaminação.

Equipe TudoVet