Tosa em cavalo não é tudo igual. Conheça os estilos e técnicas para aparar a pelagem do animal.

 Seja para participar de provas e exposições, zelando pela saúde do animal ou mesmo para reduzir significativamente o tempo gasto com a preparação, a tosa em cavalos é recomendada, mas fazê-la da forma correta exige conhecimento, afinal, ela não pode virar um momento de estresse ao cavalo.

Quando optar por tosar o corpo inteiro de seu cavalo, saiba que o tempo deste processo pode variar de uma hora e meia a quatro horas, considerando a experiência do tosador e do humor do cavalo. É comum que ela seja feita por etapas, em sessões mais curtas, para que o animal sinta-se mais confortável.

Começando a tosa

Para iniciar a tosa, é necessário que o animal esteja limpo, já que a sujeira pode obstruir as lâminas da máquina e prejudicar sua eficiência. A aplicação de um produto com silicone em spray pode facilitar que a máquina deslize pelo cavalo. Como já dissemos, a tosa proporciona que a limpeza rotineira do animal seja mais rápida, afinal, uma rápida escovada livra o animal do pó.

Técnicas de tosa em cavalo

Utilizar movimentos longos com a máquina trará um melhor resultado, assim, menos linhas aparecem. Mova a lâmina contra a direção do crescimento do pelo e fique atento para identificar a sensibilidade da área. Em áreas extremamente sensíveis, reduza a velocidade da máquina e redobre o cuidado.

Outro ponto que deve ser constantemente observado é o aquecimento das lâminas. Se ela estiver quente ao seu toque, estará quente para a pele do animal, o que pode causar queimaduras. Para promover um resfriamento mais rápido, coloque a máquina em contato com o chão de cimento frio. Assim que possível, retome a tosa.

Áreas de tosa

Escápulas: a base do pescoço do cavalo é o lugar seguro para verificar como o animal reage à tosa. Você pode observar as orelhas, olhos e o corpo para ler a expressão e dar continuidade ou pausar a tosa.

Pescoço: se a tosa na escápula foi um sucesso, passe para o pescoço, tomando cuidado com a base da crina, se necessário, prendendo-a. O animal deve ficar parado para que a crina não sofra com alguns deslizes. Tose o pelo do pescoço deslizando as lâminas pelo meio e faça a linha superior da crina da mesma forma, em ambos os lados do cavalo. Aproveite para limpar e lubrificar as lâminas.

Peito: mantenha o cortador para baixo, seguindo na direção do crescimento ao longo dos músculos peitorais. Se houver redemoinhos, use uma mão para puxar a pele. Cuidado com as patas dianteiras do cavalo, pois você estará ao alcance do animal.

Tórax: já que tudo está correndo bem, chegou a hora de tosar uma área relativamente simples, exigindo maior atenção nas axilas que são enrugadas. Para a área da axila, um ajudante deve segurar a perna da frente do cavalo para fora, assim, a pele atrás da axila fica mais lisa.

Posteriores: passe para o quadril e posteriores e finalize a cauda tosando duas linhas diagonais dos lados criando um “V” invertido.

Pernas: trabalhe a partir do topo da perna em direção ao casco. Os tendões são delicados e essa pode ser uma área estressante para a tosa. Fique de olho na reação do animal.

Cabeça e face: utilize máquinas menores, já que elas facilitam o manuseio e permitem manobras mais delicadas, além de fazer menos barulho. Inicie na mandíbula, siga pela garganta e passe para a bochecha. Na testa e frente, utilize uma velocidade inferior e feche os olhos do cavalo com as mãos durante o trabalho para preencher o vazio acima do olho e manter os pelos soltos. Bigodes no focinho, que fazem parte dos sistemas de defesa, podem ser aparados com aproximadamente 2 cm de comprimento.

Cuidados pós-tosa

Garanta que o animal seja coberto com uma capa, considerando o tipo de tosa, idade do cavalo e taxa metabólica. Observe o peso do cavalo e ajuste sua alimentação durante o inverno para compensar qualquer perda de peso.

Equipe TudoVet