Conheça a pitiose equina e dicas de como tratá-la!
Entenda quais as consequências da pitiose equina em seu cavalo e saiba como realizar o seu tratamento.
Quando realizamos uma criação de animais, seja ela de equinos, bovinos, suínos ou de outras espécies, é muito importante sempre estar atento nas doenças que eles podem adquirir, seja com o tempo, através de um vírus ou até mesmo de um fungo.
Uma delas é chamada de pitiose, que pode dar em bovinos, humanos, felinos, caninos, e no post de hoje da TudoVet falaremos um pouco mais sobre ela e seus tratamentos, mais especificamente da pitiose equina. Confira!
O que é a pitiose equina?
Essa doença é provocada por um fungo chamado de Pythium insidiosum, que se multiplica nas plantas aquáticas, o que a torna mais comum em épocas de cheia, onde o cavalo entra nas baias para beber a água, se alimentar ou até mesmo se refrescar, permitindo que o fungo penetre através de alguma ferida na pele do animal.
Por isso, a pitiose equina é muito avistada nas partes que ficam submersas nessas águas, como nas pernas, patas e até na região baixa da barriga, caso a água esteja muito alta e chegue a esses locais.
Esses fungos, quando infectam o seu animal, causam pequenas feridas que vão crescendo gradativamente, podendo prejudicá-los significativamente. Mas quais são as consequências que essa doença causará no seu cavalo?
O que essa doença pode causar no seu animal e no que o produtor deve prestar atenção?
Causando feridas na pele que vão crescendo gradativamente, a pitiose equina pode fazer com que o seu cavalo não consiga se locomover ou até mesmo comer, podendo, a medida em que a doença avance, levá-lo a morte
Por isso, é muito importante que, na época de cheia, os produtores analisem o corpo de seu animal após eles se alimentarem e beberem água nessas baías para ver se não há alguma ferida ou botão de ferida pequeno que, caso não tenha, o seu animal pode estar bem, mas ainda assim é importante ficar sempre de olho nele e, caso encontre algo, será necessário começar logo o tratamento.
Como tratar da pitiose equina?
É muito importante sempre estar de olho em seu animal e analisar bem as partes de seu corpo que ficam imersas na água, pois a eficácia do tratamento dela dependerá de quanto tempo demorou para iniciar. O ideal é que para uma cura de 100%, inicie o tratamento de seu equino precocemente contra essa doença, ou seja, quando estiver bem no começo dela.
Até hoje, diferentes tentativas de cura têm sido propostas no tratamento com a doença, como diferentes tipos de medicamentos contra fungos, vacina e até cirurgias. Devido ao crescente número de animais infectados, na década de 90, mais especificamente em 1993, o laboratório de pesquisas micológicas da universidade federal de Santa Maria, no Rio Grande do sul, fez uma parceria junto com a Embrapa Pantanal para desenvolver uma vacina que poderia ser capaz de curar essa doença.
Para isso, foi analisado que os remédios contra fungos não tinham efeitos contra o específico dessa doença, devido a esses medicamentos atuarem em uma estrutura em geral, chamada de ergosterol, bloqueando a síntese desse lipídio na membrana dos fungos, no entanto, no Pythium insidiosum, do qual podemos chamá-lo de pseudofungo, não tem essa mesma estrutura, o que faz com que as drogas que atuam sobre os outros não tenham efeito sobre ele.
Com isso, os pesquisadores foram tentando desenvolver tratamentos com imunoterapia, visto que os cavalos têm a capacidade para reagir a infecção, mas não tem capacidade para combatê-la.
Assim, o laboratório conseguiu desenvolver a Pythium VAC, uma vacina que quando foi aplicada em alguns animais doentes do pantanal, muitos foram curados, sobretudo quando a doença era tratada desde o começo.
Equipe TudoVet